segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os Fluxos migratórios verificados em Portugal no século XX

Portugal é desde o século XV um país de emigrantes, este acontecimento começou por influenciar toda a nossa história.
No século XV e XVI a emigração acabou por ser feita para as zonas das costas do norte de África, ilhas dos Açores, Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Canárias, depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia e espalhou-se pelo Oriente. 
Nos finais do século XIX os portugueses começaram a procurar novos destinos como o Brasil, Europa  e o outro lado do Atlântico.

Foi durante o século XX, que se espalharam pelos EUA, Argentina, Venezuela, Canadá, Austrália, etc.
Este século ficou marcado pelas sucessivas vagas de emigração portuguesa para vários países do mundo. Calcula-se que milhares de portugueses deixaram o País em busca de uma vida melhor.
O Brasil foi um dos países eleito pelos portugueses, devido a sua riqueza que poderia estar ao alcance de todos. Os Estados unidos e Canada foram considerados a "terra das oportunidades". Um destino eleito por muitos portugueses, especialmente pelos açorianos.
A partir dos anos 50, a Europa passou a ser o sonho de muitos portugueses que não encontravam trabalho e que queriam fugir das condições do País onde tinham nascido.
 O impacto desta emigração foi muito forte na sociedade portuguesa. Num espaço de dez anos, imigraram milhares de portugueses.  
A emigração portuguesa, apesar de todas as dificuldades continuou até aos nossos dias.
As emigrações são no fundo a vontade que as pessoas têm de procurar uma vida nova em países com estabilidade económica e política, o que acaba por lhes trazer uma melhor qualidade de vida.
Hoje em dia as pessoas estão a emigrar mais que antigamente, para melhorar o seu nível de vida e proporcionarem melhores oportunidades aos seus filhos.
Uma das vantagens da emigração para o país é a redução do desemprego e a diminuição da pressão na economia.
No entanto também existem desvantagens para o país, uma vez que muitas das pessoas que emigram acabam por ser pessoas qualificadas como enfermeiros, médicos, entre outros.
Quando falamos de imigração estamos a falar do mesmo encadeamento da emigração, no entanto a imigração situa-se no país de origem.
Migração, é quando as pessoas se mudam de um lugar para o outro.
A migração pode ser entre países diferentes “ migração internacional” ou dentro de um país “ migração interna” que acontece por exemplo quando as pessoas do meio rural se movimentam para o meio urbano.
As pessoas mudam-se para melhorar a sua qualidade de vida, ter mais oportunidades e escapar à pobreza, também fogem de conflitos e da fome.
Com o crescimento das estradas e meios de transporte as pessoas movimentam-se cada vez mais.
As pessoas emigram por diversos motivos, estes podem ser económicos, políticos, sociais ou ambientais.

Maria Anabela Coimbra e Anabela Ribeiro

No caso da emigração económica, as pessoas procuram trabalho, muitas vezes mais qualificado numa perspectiva de ter um salário mais avultado.
Na emigração social, as pessoas mudam-se para ter mais qualidade de vida e ainda para estarem mais perto de familiares.
A emigração política é nada mais que a fuga ao conflito e à perseguição política, religiosa, ou étnica.
Por último a emigração ambiental que acontece por causas naturais como, a seca, as inundações, os terramotos entre outras.
Os emigrantes sofrem frequentemente de discriminação racial, o que acaba por dar origem à divisão das comunidades.
No que respeita a empregos os emigrantes estão quase sempre dispostos a aceitar trabalhos que os outros não querem, com isto, acabam por preencher as lacunas que existem nesses locais para onde se deslocam.
Portugal também acabou por se tornar num destino para muito imigrantes.
As principais comunidades em Portugal são de pessoas dos seguintes países:
Brasil, África, países de Leste, China e Índia.


Quanto aos emigrantes dos países de Leste, esta emigração deve-se à abertura das fronteiras da União Europeia por parte da Alemanha. Estes acabaram por emigrar para os países ibéricos, onde existiam grandes necessidades de mão-de-obra para a construção civil e agricultura.
Como a crise económica é sentida no dia-a-dia das pessoas, reflectindo-se principalmente na dificuldade em pagar as rendas, a alimentação e o vestuário, como também na diminuição das poupanças feitas para serem enviadas aos familiares na terra natal.
Segundo as associações de emigrantes, nota-se uma diminuição na entrada de emigrantes em Portugal, o País deixou de ser rentável para a massa de emigrantes que procura emprego.
A crise económica em que Portugal se encontra e a recente crise económico/financeiro levaram os estrangeiros a procurar outros destinos para encontrar trabalho.

Mobilidade Territorial - Fluxos Migratórios

Entende-se por fluxos migratórios todos os grupos de pessoas que se deslocam do seu país e/ou do seu lugar de origem para outros locais, em busca de melhores condições de vida.
No séc. XX, os Estados Unidos era um dos países de destino de eleição de muitos emigrantes portugueses, sendo que o maior número de portugueses que escolheram este país de destino eram açorianos e madeirenses, devido às baixas qualificações e reduzida situação económica destes indivíduos.
Além dos Estados Unidos, durante o séc. XX existiam outros países de destino dos portugueses que pretenderam sair do país à procura de melhores oportunidades de vida, nomeadamente o Canadá, Venezuela, França, entre outros.

Embora Portugal sempre fosse visto como um país tradicionalmente de emigração, esta tendência alterou-se na última década de séc. XX, passando a ser também um país de imigração, isto é país de destino de povos oriundos de outros países (como Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil, China, Índia, etc…).


Qualquer processo de aceitação e integração social de emigrantes numa sociedade deve ultrapassar a simples aceitação da sua presença no território, deve existir mercado laboral suficiente para acolher mão-de-obra estrangeira e um ambiente propício à estabilidade familiar, só assim se cativam o interesse de estrangeiros para escolher determinado país para viver e constituir família.
Muitos dos cidadãos estrangeiros que procuram o nosso país para viver são obrigados a sair do seu país de origem por razões de guerra e de condições de vida miseráveis. Sendo Portugal um país sossegado e tranquilo tinha no séc. XX as condições desejáveis para este tipo de indivíduos se instalarem e procurarem assim melhores condições de vida para si e para as suas famílias.
Contudo, Portugal não deixou de ser um país de emigração, dado que os portugueses sempre procuraram outros países para tentarem a sua sorte e assim melhorarem a sua condição económico-financeira.
Além das emigrações e imigrações verificadas ao longo de séc. XX, Portugal também é um país com elevado número de migração. Sendo que o interior do país e o Alentejo são as regiões de Portugal com maiores saídas de pessoas para as grandes cidades.

A razão desta tendência deve-se, fundamentalmente ao facto de os cidadãos desta zona do país tentarem nas grandes cidades melhores empregos e assim melhorarem as suas condições de vida.
Conclui-se assim que as regiões do país com maiores taxas de desemprego e maior emprego na área da agricultura são as que atraem menos pessoas. Por outro lado as grandes cidades e as regiões costeiras (como Algarve) são as que atraem maior número de habitantes.
Mª Emilia Gomes

Migração de Aves

As migrações são fenómenos voluntários com caracter periódico, em limites de espaço e tempo significativos em relação ao tamanho e à duração da vida da espécie.
            Excluem-se assim, os movimentos como o plâncton animal ou como os que se fazem na busca quotidiana de abrigo.
            Os factores determinantes que levam os animais a migrarem são a busca de fontes de alimento e condições meteorológicas favoráveis para a reprodução.
            Por vezes, devido a vários factores fora do normal, como alterações climáticas, podem-se verificar migrações definitivas.
            No caso das aves, para além dos factores já referidos, pode observar-se um aumento das várias hormonas que iniciam o processo pré-migratório onde se pode observar a engorda e o crescimento das gónadas.
            Durante as migrações algumas aves orientam-se através da extraordinária capacidade de reconhecimento das características topográficas, como rios, arvores, costas, cadeias de montanhas, etc. Em algumas espécies a deslocação diurna é orientada principalmente pela posição do sol e a nocturna pelo eixo estrelar de rotação. Extraordinariamente ainda existem outras espécies que se orientam através do campo magnético terrestre. Este facto foi comprovado através da exposição a campos magnéticos artificiais.
            Pode ocorrer nas aves a mudança de modo como se orientam quando as condições climatéricas, ou outras, não estão favoráveis. As aves com mais idade, mesmo quando recolhidas e soltas em outros locais conseguem orientar-se, mudar a rota e chegar ao destino, já o mesmo por vezes não acontece às aves ainda bastante jovens devido a ainda não terem o sentido de orientação devidamente apurado.
            Para as aves conseguirem finalizar as suas migrações necessitam para além do sentido de orientação, de várias estratégias, tais como: voar apenas de noite, evitando assim os predadores, acumular reservas de gordura para que lhes permita efectuar trajectos mais longos sem paragens, ou como os passiformes que percorrem pequenas distâncias diárias, parando frequentemente para se alimentarem, ou ainda como as aves planadoras, que tiram partido das correntes térmicas ascendentes que se formam sobre as massas continentais e que lhes permitem deslocarem-se gastando menos energia. 

As aves planadoras, como os grous, as cegonhas e as aves de rapina diurnas, são aves que utilizam essencialmente o voo planado, deslocando-se durante o dia de maneira a aproveitar a força impulsora criada pelas correntes marítimas, que mais especificamente são correntes de ar aquecido pela energia solar que sobem graças à diminuição da densidade do ar. Podemos exemplificar este fenómeno com o exemplo de um balão de ar quente. Este fenómeno permite a estas aves percorrerem longos caminhos com um dispêndio mínimo de energia.
A dependência das correntes térmicas varia de espécie para espécie e está directamente relacionada com a superfície alar, o que significa que quanto maior for a asa, maior é a área de impulso, logo, menor será o esforço físico.
Um aspecto negativo para estas aves, é o facto de terem de evitar de fazer grandes deslocações sobre a água, devido à intensidade das correntes térmicas ser bastante inferior sobre as grandes massas liquidas. Assim sendo, poucas centenas de quilómetros que separam dois continentes podem constituir um fardo muito pesado para estas aves, dado isso, as mesmas tendem a concentrar-se em locais estratégicos onde a distância entre dois continentes é menor.
Estas aves têm como preferência habitats em mosaico, como bosques, matagais, terrenos lavrados, pastagens e florestas. Utilizam árvores de grande porte, encostas e penhascos como poiso para refúgio. Algumas espécies podem ainda frequentar águas pouco profundas, aterros sanitários, portos, etc.
Outra espécie de aves, e não menos importantes são as aves marinhas. As aves marinhas podem pelágicas, costeiras, ou em alguns casos passar uma parte do ano sem ser no mar. Alimentam-se tanto na superfície como também abaixo dela e, geralmente nidificam em terra.
Muitas destas aves são conhecidas por efectuarem grandes migrações anuais, atravessando o equador ou até mesmo dando a volta á terra.
            Um belo exemplo de uma ave marinha migratória é o pinguim imperador, que na chegada do inverno migram para terra firme na Antárctida, onde nidificam, migrando novamente em busca de alimento no oceano, não só pare eles, como para as suas crias, que os esperam em terra firme. Estes caminhos são longos e com muitos obstáculos devido às baixas temperaturas e aos predadores que os aguardam.
As aves migradoras são protegidas através de varias entidades, mas mesmo assim estão ameaçadas por inúmeras situações entre as quais a destruição e degradação dos habitats, a utilização de químicos mortais na agricultura, a redução da disponibilidade de alimentos, a instalação de parques eólicos (incluindo a construção destes), a colisão e electrocussão em linhas aéreas de distribuição e transporte de energia eléctrica, a contaminação das águas, a perturbação humana e o abate ilegal.
Todos os animais migram voluntariamente e que todos eles têm em comum os mesmos objectivos nessas longas jornadas: a busca de alimento e a reprodução da espécie.

Conclusão

 As aves possuem uma excelente capacidade de orientação e adaptação, utilizando vários meios e estratégias.
 Existem várias espécies de aves espalhadas por todo o nosso planeta, tendo habitats variados e distintos.
Em geral, as migrações das aves são muito atribuladas e de longa duração, contribuindo para tal vários factores.
Estes animais merecem a nossa consideração e respeito, dado que muitos deles se encontram ameaçados por inúmeras situações.
António Machado

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nós, Portugueses - Emigrantes

Imigração no Brasil


Emigração clandestina

História da Emigração portuguesa



STC 6 - RA 4 - TÓPICOS DE EXPLORAÇÃO (3/3)


  •  Identifico espécies migratórias no reino animal.
  •  Relaciono essas migrações com dinâmicas do ecossistema (climáticas, recursos alimentares, reprodução, etc.).
  •  Exploro formas de intervenção humana que alterando o equilíbrio do ecossistema interferem nos processos migratórios.

STC 6 - RA 4 - TÓPICOS DE EXPLORAÇÃO (2/3)


  •  Identifico os meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos.
  •  Compreendo as alterações dos custos e tempos de transporte na estrutura das migrações (locais de origem, períodos de retorno a casa, etc.).
  •  Exploro a relação entre a evolução dos meios de transporte, as evoluções tecnológicas e as configurações das migrações efectuadas (por exemplo, as alterações nos casos das migrações sazonais entre países).

STC 6 - RA 4 - TÓPICOS DE EXPLORAÇÃO (1/3)


  • ¡Identifico fluxos migratórios importantes (de entrada e saída) verificados em Portugal no século XX;
  • Relaciono esses fluxos migratórios com estruturas de oportunidades (económicas, políticas e culturais) muito assimétricas entre regiões e países.
  • Exploro características dos pólos de atracção de população (regiões em expansão) e dos pólos de repulsão (regiões deprimidas).

NatGeo – Grandes Migrações – Nascidos Para Migrar (4/4)

NatGeo – Grandes Migrações – Nascidos Para Migrar (3/4)

NatGeo – Grandes Migrações – Nascidos Para Migrar (2/4)

NatGeo – Grandes Migrações – Nascidos Para Migrar (1/4)