quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MEIOS DE TRANSPORTES UTILIZADOS NAS MIGRAÇÕES AO LONGO DO TEMPO


As migrações internacionais são um dos principais factores de transformação do mundo em que vivemos. Desempenham um papel essencial nos processos de mutação social, económica e política à escala mundial, são ao mesmo tempo, modeladas por essas mutações e ajudam a modelá-las. No século XXI, várias mudanças fundamentais, nas tendências e nos processos Migratórios mundiais, impõem à humanidade novos desafios intelectuais e práticos.

O homem primitivo começou por usar o seu próprio corpo como força motriz para se deslocar. Com a evolução natural, necessitou de meios que lhe permitiam deslocar-se entre dois lugares, cada vez com maior rapidez. Com a invenção da roda, o homem foi capaz de criar meios que lhe permitiram o acesso entre esses pontos com tracção animal. No mar as primeiras embarcações eram movidas apenas pelas forças humanas (remos).

Com os descobrimentos de novos Continentes ganhou importância, uma nova forma de transporte - o barco. Mais seguro, permitia vencer as grandes rotas marítimas transportando mercadorias e armadas até regiões longínquas, inicialmente eram movidas pela força do vento, e mais tarde, com a revolução industrial, pela máquina a vapor. A necessidade crescente de comunicação entre as diferentes comunidades humanas e, sobretudo, o aparecimento da Revolução Industrial, no século XVIII, vieram modificar profundamente as formas de transporte até aí utilizadas. A descoberta de máquina a vapor (e a utilização do carvão como combustível permitiu uma importante aplicação da sua força motriz aos transportes - o caminho-de-ferro. No século XIX a descoberta de uma nova fonte de emergia – o petróleo – permitiu o desenvolvimento de novos meios de transporte – o automóvel e o avião. Os continentes cobriram-se de linhas de caminhos-de-ferro, estradas e, mais recentemente, de aeroportos. A comunicação entre os grupos humanos e as trocas de mercadorias intensificaram-se, contribuindo para a unificação dos países e a criação de um mercado nacional e internacional de produtos e matérias primas.
Ø      As causas da imigração
São quase sempre as mesmas: a fuga à pobreza, desemprego, destruição do meio ambiente, guerra, violência, perseguição política ou religiosa. Neste campo, não é fácil distinguir por vezes, a fronteira entre o imigrante e o refugiado. Ambos fogem a uma situação intolerável que os obriga a deixar a terra onde nasceram. Imigra-se também para aproveitar oportunidades de emprego que se oferecem em alguns países que carecem de mão-de-obra.
Imigrantes clandestinos africanos chegam às costas de Espanha. Um drama que se repete diariamente e que provoca desde finais dos anos noventa um número indeterminado de mortes.

Reginalda Quaresma

MIGRAÇÃO ANIMAL - Cegonha Branca

A cegonha branca tem uma plumagem branca, nas suas asas tem algumas penas negras lustrosas. As pernas e as patas são de coloração vermelha. Ela tem um longo bico vermelho, amplo na base e pontiagudo, que é usado para se alimentar-se de várias espécies de animais de pequeno porte.
Quando chega á fase adulta pode atingir até 1.20 metros de altura e também pode chegar atingir 1.20 metros de comprimento do corpo, mas quando abre as suas asas lindíssimas pode estender-se até 2 metros.



Osjovens diferenciam-se dos imaturos e adultos, pelo bico e patas. O bico é nas primeiras fases da vida é mais curto, e do cor quase perta mudando para uma coloração acastanhada ou vermelho-pálido com a ponta perta, até atingir uma cor vermelha, é quando chega á fase adulta.
As diferenças morfológicas entre os machos e as fêmeas são muito ligeiras, no qual por vezes é muito difícil de distinguir. Podemos distinguir através do tamanho corporal, porque o macho é ligeiramente maior que a fêmea, também há pequenas diferenças no tamanho e na forma do bico.
Alimentação



Rotas de migração das populações da Cegonha- Branca
José Carvalho, Susana Ferreira e Emanuel Afonso



A cegonha tem uma alimentação muito variada, mas sobretudo baseia-se em animais vivos de pequeno porte tanto aquático como terrestre; incluindo assim insectos, vermes, mamíferos, peixes, répteis e anfíbios.
Embora muitas vezes alimenta-se de desperdícios gerados pelo homem ao qual são encontrados na lixeira, em terrenos abertos ou em zonas de águas pouco profundas, recorrendo ao seu bico apontando para o chão.
Estão associadas também com frequência a máquinas agrícolas, capturando os pequenos animais. A localização dos seus ninhos pode ocorrer em árvores, falésias, telhados, chaminés e postes de electricidade, podem criar, isoladamente ou em grupo, e assim, em algumas vezes associam-se a outras espécies de aves como as garças.


Reprodução

Em meados de Março a princípios de Abril é quando começa a época de se reproduzirem, as cegonhas elaboram uma espécie de dança para atraírem o parceiro, esta coreografia passa-se no ninho.
 Construção dos ninhos
A constituição do seu ninho é feita por ramos entrelaçados e utilizada por varias gerações que perduram, ambos contribuem para a construção do mesmo. A iniciação do ninho é feita no primeiro dia da primavera sendo ela feita pelo macho em oito dias. A cegonha só tem crias uma vez por ano, geralmente poe entre três cinco ovos raramente de um a sete.
O período de incubação dura aproximadamente de vinte e nove a trinta dias. As crias são protegidas e alimentadas pelos pais, a fim de dois meses as crias iniciam o seu primeiro voo.

Fluxos Migratórios do Séc. XX

Portugal no decorrer do séc. XX observou diferentes fases de fluxos migratórios.
No início do século a maioriados portugueses que emigravam eram pertencentes às províncias Interiores do país. Esta situação dava-se por falta de qualidade de vida e de emprego nestas zonas.
Assim podemos dizer que as causas que levavam os portugueses a emigrar estavam ligadas á pobreza, á falta de qualidade de vida, outras das causas foi também a falta da liberdade politica e de expressão. Isto porque se vivia num regime de ditadura política.
Também a guerra com as colónias foi motivo para os jovens imigrarem.
No princípio do século a imigração era feita para o continente Americano, Canadá, Estados Unidos, Venezuela e principalmente para o Brasil. As razões que levavam a esta situação tinham a ver com a proximidade dos dois países ao longo da história bem como ambos falarem a mesma língua, existia também a ideia que se podia fazer facilmente fortuna pois este era rico em recursos.
Até ao final da grande guerra um grande número de portugueses emigrou para o Brasil, mas depois disso a emigração foi quase nula.
Após os anos trinta emigrou-se muito para as nossas colonias (Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e inclusive Timor e Macau), isto por causa das políticas empregues pelo regime da altura. Isto deu-se até aos anos setenta, mas nunca em tão grande volume como para o Brasil.
Nos anos cinquenta a nossa emigração volta-se para a Europa, entre outros os destinos a Alemanha, França e Suíça são os escolhidos situação que ainda se observa no decorrer dos anos oitenta e noventa.
Com a independência das colónias africanas dá-se um fenómeno interessante que é o repatriamento dos nossos emigrantes dessas áreas.
Nos dias que correm estes fenómenos são difíceis de ocorrer, a integração nas sociedades e as melhores condições de vida não leva a que este ocorra.
Portugal não foi só um país de emigrantes e a partir de determinada altura passou de um país de emigração para imigração, ou seja deu-se o fenómeno em que o número de entrada de pessoas é superior ao de saída.
Quando um determinado indivíduo se desloca do seu país para outro é o que se chama deemigração. Imigração é o movimento de entrada de pessoas ou seja elas deslocam-se de um país para o outro. Estes dois fenómenos dão-se porque as pessoas têm com intuito habitar, trabalhar isto para conseguirem ter melhores condições de vida.
Naturalmente os imigrantes tentam deslocar-se para as zonas do litoral pois é lá que podem encontrar melhores condições e facilidades para arranjar emprego.
A imigração pode ser legal como clandestina, esta última será mais difícil de quantificar.
Até aos anos 90 o grande fluxo de imigrantes que se deslocavam para Portugal pertenciam às antigas colónias e de países que tinham a nossa língua estes naturalmente estavam mais próximos da nossa cultura.
Podemos enumerar os imigrantes de Angolanos e os Cabo-verde que começaram por chegar a Portugal no início dos anos 70.
Portugal em parte fomentou esta imigração com vista a colmatar a escassez de mão-de-obra na construção civil por causa da emigração.
Nos últimos anos da década de noventa surgiram imigrantes do leste da Europa. Eles vieram de países como a Ucrânia, Rússia, Bulgária, Roménia entre outros. Isto deu-se pelo facto de Portugal fazer parte da Comunidade Europeia e nesta as pessoas terem acesso à livre circulação.

Existiu também outra vaga de imigração no nosso país isto já no início deste século, com imigrantes provenientes da Ásia (China e India), e da América do Sul (Brasil).
Em Portugal também se tem assistido à fuga das pessoas do interior do país das zonas rurais para o litoral, a este fenómeno chamamos de Êxodo Rural.
Isto deve-se ao facto de no litoral existirem melhores condições de vida, a proximidade dos serviços, escolas e hospitais é maior. O pensamento das pessoas é também que nestas zonas se consegue mais facilmente arranjar empregos e com melhores salários.
No decorrer do século anterior isto foi notório com a diminuição de mão-de-obra na agricultura e na indústria do interior do país.
Isto leva a que as pessoas que vivem nessas regiões se desloquem para fora do país (emigração) ou se mudem para outros locais dentro do seu próprio país.
Da pesquisa que fiz para este trabalho cheguei à conclusão, é que estes fenómenos dão-se quase sempre porque as pessoas procuram melhores condições de vida.

Helena Marecos

MIGRAÇÃO ANIMAL - Andorinha dos beirais

Andorinha dos beirais
Esta é uma ave de pequena dimensão e de fácil mobilidade, plumagem preta e branca, muito simpática e amiga do agricultor. Como todas as aves migratórias não permanecem sempre no mesmo sítio costuma-se diz que a andorinha traz sempre a primavera e também, por morrer uma andorinha não acaba a primavera.

No seu habitat natural, prefere campos de vegetação baixa como prados campos de cultivo de preferência junto água. Embora também as podemos encontrar nas montanhas mesmo acima dos 2 mil m de altitude.
Rotas de migração da Andorinha dos Beirais


A andorinha-dos-beirais é uma ave migratória que se movimenta na Europa, Africa, Rússia e cruzam todo o Mediterrâneo. A migração é feita durante o dia, mas algumas aves fazem-no durante a noite.
Alimentação
A andorinha é uma ave insectívora, alimentando-se de insectos em pleno voo à semelhança de outras andorinhas e dos andorinhões, preferindo caçar nos campos abertos, ou sobre a água, inclusive quando as condições atmosféricas são fracas, também seguem animais de grande porte em busca de insectos expostos, como as moscas, minhocas, mas também para além desses insectos, alimentam-se de formigas voadoras, sendo estes uma grande fonte de alimento no inverno.
Reprodução
Durante a época da reprodução caçam a uma altura média de 21 metros, tipicamente a menos de 450 metros de distância do ninho, embora quando é inverno no local onde se encontra, caça em alturas superiores a 50 metros.
Construção dos ninhos
Regressa à Europa para nidificar entre abril e maio, a construção dos ninhos Ocorre entre o fim de março (no norte de África) e o meio de junho (na Lapónia).

O ninho tem a forma de uma taça fechada com uma abertura no topo e é feito com pedaços de lama colados com saliva, e forrado com palha, ervas, penas ou outros materiais macios. A sua construção demora cerca de dez dias e é levada a cabo pela fêmea como pelo macho. Frequentemente, o pardal-doméstico ocupa o ninho, levando a andorinha a construir um novo. A abertura do ninho após estar construído é muito pequena, e os pardais não conseguem ocupá-lo uma vez já construído. Os ninhos podem inclusive ser construídos em contacto uns com os outros. Tipicamente, estas colónias têm menos de dez ninhos, mas há registos de colónias com milhares de ninhos. Estas colónias com milhares de ninhos. Cada postura possui habitualmente quatro ou cinco ovos brancos. A incubação dura geralmente de 14 a 16 dias, e é feita essencialmente pela fêmea. As crias recém- nascidas necessitam de 22 a 32 dias, dependendo das condições atmosféricas, para abandonar o ninho. Os pais continuam a alimentar os juvenis durante uma semana após estes saírem do ninho. Por vezes, aves da primeira ninhada ajudam os progenitores alimentarem a segunda ninhada. Normalmente existe duas ninhadas por ano, sendo o ninho aproveitado para a segunda ninhada e nos anos seguintes.
O sucesso da incubação é de 90% e a taxa de sobrevivência entre as crias ronda os 80%. A taxa de mortalidade é de 40-70% para os adultos.
Nas semanas seguintes a abandonarem o ninho, os juvenis juntam-se em grande bandos que podem se vistos empoleirados em arvores, beirais ou cabos eléctricos suspensos. A maioria dos indivíduos abandona as suas áreas de nidificação na Europa ocidental e central até ao final de Outubro, mas não é incomum observar aves que adiam a sua partida até meados de Dezembro. Os casais desta espécie ficam juntos para toda vida, mas as cópulas extra-par, tornando esta espécie geneticamente poligâmica apesar de socialmente monogâmica.
José Carvalho, Susana Ferreira e Emanuel Afonso

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FLUXOS MIGRATÓRIOS E OS MEIOS DE TRANSPORTE

A emigração em Portugal é um fenómeno constante, desde os Descobrimentos que os Portugueses começaram a conquistar novos territórios e a povoá-los.
Com os descobrimentos, o barco passou a ser um meio de transporte muito utilizado.

O barco por ser mais seguro permitia vencer as grandes rotas marítimas transportando mercadorias e armadas até regiões distantes.

Inicialmente as embarcações utilizadas para grandes viagens eram movidas pela força do vento, e pela força humana na utilização de remos, mais tarde, com a revolução industrial, foi substituída pela máquina a vapor.

A necessidade de comunicação entre as diferentes comunidades humanas e, sobretudo, o aparecimento da Revolução Industrial, no século XVIII, vieram modificar profundamente as formas de transporte até então utilizadas.

A descoberta da máquina a vapor e a utilização do carvão como combustível, permitiu uma importante evolução nos meios de transporte até então utilizados para grandes deslocações, o caminho-de-ferro passou então a ser um meio de transporte mais solicitado.

No século XIX a descoberta do petróleo uma nova fonte de energia, permitiu o desenvolvimento de novos meios de transporte como o automóvel e o avião. Os continentes cobriram-se de linhas de caminhos-de-ferro, estradas e, mais recentemente, de aeroportos.

A rede dos modernos meios de transporte torna as deslocações
Mesmo entre zonas mais distantes mais acessíveis, A facilitação da migração torna-se inclusive uma das maiores indústrias do mundo globalizado e envolve agências de viagem, banqueiros, advogados, angariadores, traficantes, etc.

Apesar de a emigração fazer parte da história do desenvolvimento do homem, a melhoria dos meios de transporte são um factor importante para o intenso e complexo fenómeno migratório do mundo global.

Fernanda de Almeida; Natália de Almeida; Fátima Marques