Esta é uma ave de pequena dimensão e de fácil mobilidade, plumagem preta e branca, muito simpática e amiga do agricultor. Como todas as aves migratórias não permanecem sempre no mesmo sítio costuma-se diz que a andorinha traz sempre a primavera e também, por morrer uma andorinha não acaba a primavera.
No seu habitat natural, prefere campos de vegetação baixa como prados campos de cultivo de preferência junto água. Embora também as podemos encontrar nas montanhas mesmo acima dos 2 mil m de altitude.
Rotas de migração da Andorinha dos Beirais
A andorinha-dos-beirais é uma ave migratória que se movimenta na Europa, Africa, Rússia e cruzam todo o Mediterrâneo. A migração é feita durante o dia, mas algumas aves fazem-no durante a noite.
Alimentação
A andorinha é uma ave insectívora, alimentando-se de insectos em pleno voo à semelhança de outras andorinhas e dos andorinhões, preferindo caçar nos campos abertos, ou sobre a água, inclusive quando as condições atmosféricas são fracas, também seguem animais de grande porte em busca de insectos expostos, como as moscas, minhocas, mas também para além desses insectos, alimentam-se de formigas voadoras, sendo estes uma grande fonte de alimento no inverno.
Construção dos ninhos
O ninho tem a forma de uma taça fechada com uma abertura no topo e é feito com pedaços de lama colados com saliva, e forrado com palha, ervas, penas ou outros materiais macios. A sua construção demora cerca de dez dias e é levada a cabo pela fêmea como pelo macho. Frequentemente, o pardal-doméstico ocupa o ninho, levando a andorinha a construir um novo. A abertura do ninho após estar construído é muito pequena, e os pardais não conseguem ocupá-lo uma vez já construído. Os ninhos podem inclusive ser construídos em contacto uns com os outros. Tipicamente, estas colónias têm menos de dez ninhos, mas há registos de colónias com milhares de ninhos. Estas colónias com milhares de ninhos. Cada postura possui habitualmente quatro ou cinco ovos brancos. A incubação dura geralmente de 14 a 16 dias, e é feita essencialmente pela fêmea. As crias recém- nascidas necessitam de 22 a 32 dias, dependendo das condições atmosféricas, para abandonar o ninho. Os pais continuam a alimentar os juvenis durante uma semana após estes saírem do ninho. Por vezes, aves da primeira ninhada ajudam os progenitores alimentarem a segunda ninhada. Normalmente existe duas ninhadas por ano, sendo o ninho aproveitado para a segunda ninhada e nos anos seguintes.
O sucesso da incubação é de 90% e a taxa de sobrevivência entre as crias ronda os 80%. A taxa de mortalidade é de 40-70% para os adultos.
Nas semanas seguintes a abandonarem o ninho, os juvenis juntam-se em grande bandos que podem se vistos empoleirados em arvores, beirais ou cabos eléctricos suspensos. A maioria dos indivíduos abandona as suas áreas de nidificação na Europa ocidental e central até ao final de Outubro, mas não é incomum observar aves que adiam a sua partida até meados de Dezembro. Os casais desta espécie ficam juntos para toda vida, mas as cópulas extra-par, tornando esta espécie geneticamente poligâmica apesar de socialmente monogâmica.
José Carvalho, Susana Ferreira e Emanuel Afonso
Sem comentários:
Enviar um comentário