Charles Darwin nasceu em
Inglaterra, em 1809.
Inicialmente, seguindo as pisadas
do pai, enveredou pela carreira médica e depois, a teológia que também interrompeu.
A situação abastada da família permitiu-lhe cultivar os
seus interesses naturalistas, que demonstrara desde pequeno. Em 1831, Darwin
teve a oportunidade de fazer uma viagem como naturalista a bordo do navio
inglês “ Beagle” que no seu percurso á volta do mundo, havia de parar também
nas costas da América meridonal e nas ilhas Galápogos.
A viagem a
bordo do “Beagle” foi fundamental para Darwin; quando regressou a Inglaterra,
tinha regisado uma quantidade enorme de observações e de dados que constituíram
o fundamento da sua teoria da evolução, exposta em 1859, no livro “A Origem das
Espécies”.
A teoria
da evolução partia da constatação de que todos os seres vivos são diferentes e
que algumas características podem beneficiar ou prejudicar os indivíduos que as
possuem, garantindo-lhes melhores condições de sobrevivência. Na contínua “luta
pela existência” são beneficiados os indivíduos que possuem aquelas pequenas
variações capazes de os favorecer, enquanto outros sucumbem. O ambiente exerce,
pois, uma contínua” seleção natural”, sobrevivendo os organismos que apresentam
as melhores características, ou seja, os mais adaptados. Estes transmitem as
adaptações eficazes aos seus descendentes, que passam a diferir dos seus
progenitores.
A descoberta dos mecanismos da
evolução biológica permitiu unificar
os vários domínios das ciências da
vida, pelo que, poucos anos após a publicação dos estudos de Darwin, houve
mesmo tentativas de aplicar as leis da evolução ao campo social e económico. O
Darwinismo social,
por exemplo, interpretou as
diferenças sociais numa base biológica, chegando muitas vezes a resultados
bastante discutíveis.
Darwim estudou muitos fósseis de
animais e de vegetais que lhe
forneceram provas da evolução, isto é, animais e
plantas tinham mudado ao longo dos tempos e que entre os exemplares vividos no
passado e os atuais existia um parentesco comum. O parentesco entre o homem e o
macaco, a base da teoria evolucionista de Darwin, escandalizou muitos dos seus
contempôraneos.
Este estudioso era muitas vezes
ridicularizado em vinhetas que o representavam com parecenças simiescas ou em
comportamentos de grande familiaridade com os macacos.
A maior parte das observações de Darwin data dos
primeiros três anos e meio em que o “Beagle” contornou a costa da América do
Sul e se dirigiu às ilhas Galápagos. Nas
ilhas Galápagos, Darwin apercebeu-se de que os tentilhões de cada uma das ilhas
apresentavam bicos ligeiramente diferentes uns dos outros.
Admitiu assim, a hipótese de que
estes deviam ter um antepassado comum, cujos descendentes teriam evolluído
desenvolvendo bicos e hábitos diferentes. Surgia assim a teoria da evolução.
Darwin estabeleceu ainda numeroros
contatos com os habitantes dos lugares que visitou, como no caso dos chamados
“Gigantes da Patagónia”
Visitou em 1834 a terra do Fogo, situada na extremidade
da América do Sul. Nas ilhas Falkland Darwin tomou muitos apontamentos sobre a
flora e a fauna destas ilhas, na Austrália e Nova Zelândia Darwin examinou a estrutura geológica das costas.
Darwin morreu em 1882.
Maria
Anabela Coimbra
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