quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dogma e conceitos - Darwin



Dogmatismo é um termo usado pela filosofia e pela religião.
Dogmatismo é o pensamento que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível. Na religião, corresponde ao conjunto de dogmas (pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença). O nome vem do termo grego dogma, que significa opinião. Esta opinião não deve ser entendida em seu sentido comum, como uma afirmação impensada; podemos definir as opiniões de um filósofo como sua doutrina, ou seja, afirmações que se referem a princípios através dos quais é possível alcançar verdade e conhecimento absolutos.
Segundo a doutrina católica, o Genesis, ao narrar que o mundo foi criado em seis dias por Deus, quer acima de tudo revelar à humanidade o valor dos seres criados e a sua finalidade de louvor e serviço a Deus.
O princípio da evolução postula que as espécies que habitaram e habitam o nosso planeta não foram criadas independentemente, mas descendem umas das outras, ou seja, estão ligadas por laços evolutivos. Esta transformação, denominada evolução das espécies, foi apresentada e explicada satisfatoriamente por Charles Darwin, no seu tratado “A Origem das Espécies”, em 1859.




Segundo a pesquisa de Darwin, todos os seres vivos se modificam ao longo de milhões de anos, desenvolvendo e adaptando-se ao meio em que vivem ou extinguindo-se.
A base da evolução biológica é a existência da variedade, ou seja, as diferenças individuais entre os organismos de uma mesma espécie. Na grande maioria das vezes, os indivíduos produzem uma grande quantidade de descendentes, dos quais apenas uma parte sobrevive até a fase adulta.
Os indivíduos que apresentarem características vantajosas para a sua sobrevivência, como por exemplo, maior capacidade de conseguir alimento, maior eficiência reprodutiva, maior agilidade na fuga de predadores, têm maior chance de sobreviver até a idade reprodutiva, na qual irá passar estas características individuais vantajosas à prole. Isto ocorre porque todas as características estão imprensas nos genes do indivíduo. Este é o princípio da seleção natural de Darwin.
Darwin mostrou que a seleção natural tende a modificar as características dos indivíduos ao longo das gerações, podendo gerar o aparecimento de novas espécies.
A partir desta teoria pode-se estudar sob o aspeto evolutivo todo o parentesco entre os seres vivos da Terra, o que culminou em uma árvore genealógica da vida.
O conceito da evolução era não somente uma ruptura completa na história do pensamento humano, mas permanece como um dos pilares da biologia moderna. A originalidade das ideias de Charles Darwin transformou-o num dos maiores génios da humanidade.
Apesar da grande controvérsia que marcou a publicação do trabalho de Darwin, a evolução por seleção natural provou ser um argumento poderoso contrário às noções de criação divina e projeto inteligente comuns na ciência do século XIX.
A ideia de que não mais havia uma clara separação entre homens e animais faria com que Darwin fosse lembrado como aquele que removeu o homem da posição privilegiada que ocupava no universo. Para alguns de seus críticos, entretanto, ele continuou sendo visto como o "homem macaco" frequentemente desenhado com um corpo de macaco.
“Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?”
“Se o homem veio do macaco, por que os macacos de hoje não viram homens?”
“Por que as espécies animais se diferenciam nas diversas partes dos planetas?”
Estas e outras perguntas nos inquietam quando o assunto é a origem das espécies.




Charles Darwin, nasceu em 1809 em Shrewsbury/Shropshire, Inglaterra, em uma família tradicional de médicos.
Estudou medicina de 1825 a 1828 na Universidade de Edimburgo quando abandonou suas pretensões médicas para estudar para a igreja no Christ College.
Por sua teoria, Darwin entrou em conflito direto com a igreja.
Somente em 1996, o Papa João Paulo II assinou uma encíclica pedindo desculpas formais a Darwin e sua família, aceitando a teoria da Evolução como fato  compatível com o cristianismo.



Maria Natália Almeida

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