Placa tectónica ou tectónica é um fragmento de litosfera
delimitada por zonas de convergência, que são zonas de subdução e zonas
conversativas. No nosso planeta terra é composto sete placas tectónicas
principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. As placas tectónicas
são produzidas em zonas de divergência, ou zonas de rift, e são dissipadas em
zonas de subducção. Nas zonas que se
regista uma grande maioria dos terramotos, é nas zonas de fronteira entre as
placas, que se regista a maioria dos terramotos e erupções vulcânicas.
São reconhecidas 52 placas tectónicas, das quais são 14
principais e 38 menores.
São considerados três tipos principais de limites entre as
placas tectónicas que são:
Ø
Convergentes
Ø
Divergentes
Ø
Transformantes
Limites das placas tectónicas
Em modo geral são zonas de subducção, onde elas
se encontram e explodem. Uma mergulha por de baixo da outra, que é sempre a
mais densa e regressa à astenosfera.
Existem três padrões de convergência:
Convergência crosta oceânica-crosta continental
ØQuando
se sucede, normalmente formam-se abissais. Um exemplo é a fossa Peru-Chile,
onde a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul-Americana. Entre a zona de
convergência e uma placa oceânica e uma placa continental é chamada de margem
continental activa. Isto advém porque a crosta oceânica é mais compacta que a
crosta continental, deste modo imerge.
Convergência crosta oceânica-crosta oceânica
ØNesses
casos, formam-se arcos vulcânicos, como nas ilhas Marianas (placa do Pacífico e
placa das Filipinas)
Convergência crosta continental-crosta continental
ØNestes casos
é muito difícil que uma placa mergulhe sobre a outra devida á densidade de
alguns elementos. Em algumas ocasiões uma placa sobrepõe-se sobre a outra, num
movimento de obdução. Pode ocorrer também a colisão entre as placas e a
formação de cadeias de montanhas. O exemplo mais conhecimento é o choque da placa
Euro-Asiática com a indiana, que deu origem à cadeia dos Himalaias.
Limites divergentes
ØSimilarmente chamados cristais
em expansão ou margens construtivas, porque nesses limites está sendo aumentada
a crosta oceânica, a partir de magma vindo do manto, causando o afastamento das
placas tectónicas. São exemplos de formações de limites divergentes as
cordilheiras submarinas meso-oceânicas.
As placas repartem-se em três grupos que são; Placas
principais, Placas menores, Placas no interior de erógenos e Placas antigas.
Portugal encontra-se entre a placa Africana e a
placa Euro-Asiática, tendo sido, por isso afectados com vários abalos sísmicos
de intensidade média e forte.
Os epicentros dos maiores sismos encontram-se perto do Banco de Gorringe, a Sudoeste do Cabo de São Vicente e prevê-se que abalos como o de 1755 ocorram em cada 250 anos.
A história aponta para alguns sismos de elevada
magnitude em Portugal:
ØEm 382 o sismo seguido da
submersão de ilhas ao largo do Cabo de São Vicente.
ØEm 1 de Novembro de 1755
seguido de maremoto foi mais sentido no Algarve do que em Lisboa (pensa-se que
teve origem numa região e não num epicentro).
ØEm 28 de Fevereiro de 1969-
epicentro no Banco de Gorringe, magnitude 7,9.
ØJá em 17 de Dezembro de
2009-epicentro a 100km da ponta de Sagres, magnitude 6,0.
ØO Norte do país
tem menos tendência a ter este tipo de fenómeno do que o centro e sul.
ØO Arquipélago
dos Açores também é bastante afectado pelos sismos (principalmente os grupos
Central e Oriental), que podem, por vezes, ter origem na actividade vulcânica.
Causas do movimento das placas
Movimento das
placas baseadas em dados de satélites GPS (NASA) JPL. Os vectores mostram a
direcção e a magnitude do movimento.
Conforme foi referido acima, as placas movem-se
graças à fraqueza relativa da astenosfera. Pensa-se que a fonte da energia
necessária para produzir este movimento seja a dissipação de calor a partir do
manto. Imagens tridimensionais do interior da Terra (tomografia sísmica)
mostram a ocorrência de fenómenos de convecção no manto (Tani Moto). A forma
como estes fenómenos de convecção em curso bem como de discussão é assunto de
estudos em curso bem como de discussão. De alguma forma, esta energia tem de
ser transferida para a litosfera para as placas se movam. Há essencialmente
duas forças que podem conseguir; o atrito e a gravidade.
Gravidade
O movimento das placas é causado pela maior
elevação das placas nas cristas meso-oceânicas. A maior elevação é causada pela
relativamente baixa densidade do material quente em ascensão no manto. A
verdadeira força produtora de movimento é esta ascensão e a fonte de energia
que a sustenta. No entanto é difícil explicar a partição dos continentes a
partir desta ideia.
O movimento das placas é causado pelo peso das
placas frias e densas, afundando-se nas fossas. Há evidências consideráveis de
que ocorre convecção no manto. A ascensão de materiais nas cristas
meso-oceânicas é quase de certeza parte desta convecção. Alguns modelos mais
antigos para a tectónica de placas previam as placas sendo levadas por células
de convecção, como em bandas transportadoras. Porém, hoje em dia, a maior parte
dos cientistas acredita que a astenosfera não é suficientemente forte para
produzir o movimento por fricção. Pensa-se que o arrasto causado por blocos
será a força mais importante aplicada sobre as placas. Modelos recentes mostram
que a sucção nas fossas também tem um papel importante. No entanto, é de notar
que a placa norte-americana, não sofre subducção em parte alguma e ainda assim
move-se. O mesmo se passa com as placas africana, euroasiática e da Antárctida.
As forças que realmente estão por detrás do movimento das placas bem como a
fonte de energia por detrás delas continuam a ser tópicos de aceso debate e de
investigações em curso.
José Carvalho e Susana Ferreira
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